O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de um inquérito para investigar o senador José Serra (PSDB-SP). A decisão tomou como as delações de executivos da JBS e autorizada pela ministra Rosa Weber. A suspeita é de omissão de dados na prestação de contas na campanha de Serra, o chamado caixa dois, cuja pena pode chegar a cinco anos de prisão mais multa.
O pedido de abertura de inquérito foi apresentado em junho pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Para Janot, como o caso não tem relação direta com as fraudes investigadas na Lava Jato, o caso deveria ser sorteado para novo relator. Por isso, o ministro Luiz Edson Fachin, que homologou as delações da JBS, pediu a chamada redistribuição do processo e Rosa Weber passou a conduzir o caso.
Conforme o pedido de inquérito, o empresário Joesley Batista, dono da JBS, relatou aos investigadores doação não contabilizada para a campanha de Serra à Presidência, em 2010. À época, o senador ficou em segundo lugar, perdendo para Dilma Rousseff (PT).
Na delação, Joesley disse que, após pedido de Serra, foram repassados cerca de R$ 20 milhões à campanha, dos quais R$ 13 milhões foram declarados à Justiça Eleitoral. O restante, segundo o delator, foi repassado por meio de emissão de nota fiscal pela LRC Eventos, no valor de R$ 6 milhões, para simular a aquisição de um camarote de autódromo de fórmula 1; e emissão de nota fiscal de R$ 420 mil emitida por uma empresa de pesquisa.
Fonte: G1