
Na noite desta segunda-feira (4), um grupo de consumidores de Riacho de Santana (BA) saiu pelas ruas da cidade cobrando um preço justo nos combustíveis. De acordo com informações, os manifestantes passaram em todos os postos que estavam abertos, abastecendo cada veículo a um valor de R$ 3,59 e exigindo o cupom fiscal exatamente o valor que eles acham ser justo pelo litro da gasolina.
No entanto, segundo os integrantes do movimento, o Auto Posto MC Silva, localizado na BR 430, saída para Bom Jesus da Lapa, foi o único posto da cidade que recusou fazer o abastecimento, pois de acordo com o frentista o posto não fornece cupom fiscal. “Este posto atende 24 horas, mas quando soube da manifestação desligou as bombas de combustível, o frentista ligou para a gerente e colocou o telefone no viva voz dizendo que o pessoal queria abastecer a um valor de 3,59 centavos, e a mesma teria dito: o dono do posto pediu pra não abastecer e acabou“, alegaram os líderes (João de Souza Abreu e Adriano Pereira Seixas).
Neste momento, os manifestantes acionaram a polícia para tentar resolver resolver a situação, mas não teve êxito. “Após acionar a Polícia, mesmo assim o posto que atende 24 horas continuou recusando o abastecimento, e fomos orientados a procurar as vias legais para fazer valer o que está previsto em Lei, conforme prevê no Artigo 39, inciso II do Código de Defesa do Consumidor, determina que é vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, recusar atendimento às demandas dos consumidores. “, reforçaram.
No dia seguinte, o grupo esteve na Delegacia de Polícia, onde registrou um Boletim de Ocorrência e o caso deverá ser judicializado.
O OUTRO LADO
Procurado, o proprietário do posto, identificado como Danilo, encaminhou ao site uma Nota de Esclarecimento. [confira]
“Ontem estava viajando, quando cheguei na entrada da cidade, eles estavam abastecendo no primeiro posto, que é arrendado pelo grupo MC Silva, após saírem já com seus cupons, fui conversar com o frentista, que me relatou que se tratava de uma manifestação de um grupo de mais ou menos 6 ou 7 pessoas apenas, e que estes constrangeram e coagiram o frentista agindo de forma desrespeitosa. Deixo claro, que não sou contra nenhum tipo de manifestação pública, porém são pessoas que desconhecem a situação da compra do combustível. Quando realizamos a compra, o pagamento é antecipado, valores altos, pago frete, seguro da carga, licenças ambientais para manter os postos abertos, impostos federais, estaduais e municipais como o alvará de funcionamento, água e luz. Ressalto ainda que mantemos uma folha de funcionários pagos em dia, mais de dez pais de família, mesmo com toda dificuldade que estamos enfrentando com a pandemia. Eles já haviam abastecido no primeiro posto do grupo e já estavam com o cupom em mãos. Não achei certo irem para pátios de postos particulares descendo dos carros promovendo desordens, desrespeitando o frentista que estava à trabalho e ainda causando aglomeração, esta proibida por decreto municipal em nossa cidade, devido a pandemia que assola o nosso país. Normalmente vendemos 4 carretas de combustível, depois da pandemia não estamos vendendo uma completa no mês. O faturamento está baixo, mas sigo com despesas e compromissos e tentando honrá-los. Ressalto ainda que os valores dos combustíveis se encontram nas placas, os preços já foram ajustados, mas no momento se encontram num valor justo. Por fim, deixo claro que também estamos sofrendo e muito, para manter todos os compromissos citados acima, e que manifestações com caráter de desordem e aglomerações não serão permitidas em postos particulares do grupo MC Silva“.
Conforme matéria postada anteriormente pelo PORTAL VILSON NUNES, os protestantes alegam estarem na ‘luta’ pela diminuição nos preços dos combustíveis, tendo em vista que, a Petrobras vem reduzindo o preço médio da gasolina em todo pais, em decorrência dos impactos do novo coronavírus sobre a economia global. “Na região já é possível comprar gasolina a 3,59 e em Riacho de Santana varia de 4,16 a 4,20”, protestam.