
A Justiça determinou que Sanne Pereira da Silva, 24 anos, acusada de injúria racial contra um policial militar em Riacho de Santana (BA) responderá ao processo em liberdade. A decisão foi proferida neste domingo (29) pela juíza plantonista Luciana Viana Barreto, que aplicou medidas cautelares diversas da prisão.
O caso ocorreu na manhã do último sábado (28), quando a Polícia Militar foi acionada para atender uma denúncia de poluição sonora na Praça da Paquera, no centro da cidade. Ao chegar ao local, a guarnição encontrou duas mulheres em vias de fato. Durante a abordagem, Sanne teria agredido um policial com chutes, obrigando a PM a usar força para contê-la.
A acusada também proferiu ofensas racistas contra o policial, utilizando termos como “negro preto da porra”, “macaco” e “fedido”, além de insultar sua filha com palavras de baixo calão. A mulher foi conduzida à Delegacia de Polícia, onde foi autuada em flagrante por injúria racial, desacato, desobediência e resistência.
O delegado titular, Sandro Marco Nunes Gomes, solicitou a prisão preventiva da investigada, alegando a gravidade do crime e a repercussão social do caso, sobretudo em uma região com maioria negra. No entanto, a juíza entendeu que não estavam presentes os requisitos necessários para decretar a prisão preventiva, determinando sua soltura com medidas cautelares. Entre as obrigações estão o comparecimento a todos os atos judiciais, o recolhimento domiciliar noturno e a proibição de portar armas ou se apresentar embriagada em locais públicos e responderá ao processo em liberdade, mas o descumprimento das condições impostas poderá resultar na revogação do benefício e no retorno à prisão.
Apesar da decisão, o delegado afirmou que novas provas, incluindo registros das redes sociais sobre a repercussão do caso, poderão ser apresentadas para reforçar um novo pedido de prisão.
Feito por Portal Vilson Nunes