Região Oeste da Bahia recebe 3 mil protetores faciais do projeto CoronaVidas; Guanambi, Caetité e Riacho de Santana serão contemplados

Foto: Divulgação

Na próxima semana (24 a 26/06), a região Oeste da Bahia será contemplada com 3 mil protetores faciais doados pelo projeto voluntário CoronaVidas distribuídos em duas cidades pólos: Barreiras e Bom Jesus da Lapa. A iniciativa do projeto nasceu na cidade de Feira de Santana-BA e alcançou estados como Amazonas, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro e já entregou um total de 160 mil protetores faciais para profissionais de saúde em várias partes do país. “Aqui na Bahia recebemos doações da sociedade civil e de empresas e conseguimos produzir protetores faciais com a ajuda de makers (voluntários, entusiastas da tecnologia) em impressoras 3D e também, de forma industrial, por meio da injeção de plástico com o apoio da Injeplast, que injeta o plástico, e da Mondial, empresa de eletrodomésticos”, explicou o professor Leandro Brito, da Universidade Federal do Oeste da Bahia, campus de Bom Jesus da Lapa.

O professor do IFBA/Unopar Candeias, Antonio Cordeiro, explica que é fundamental a criação dos hubs para descentralizar as produção e entregas: “Trabalhamos de modo disruptivo e de forma multidisciplinar e multiinstitucional. A descentralização da produção de protetores faciais fortalece a sociedade neste combate. Portanto, seguimos à disposição como projeto CoronaVidas para ampliar a rede de hubs e garantir que mais profissionais de saúde possam ficar protegidos”.

De acordo com a professora Fernanda Vasques Ferreira, da UFOB de Santa Maria da Vitória, o processo de distribuição segue uma análise de pedidos feitos pelas unidades de saúde e pelas secretarias municipais que são avaliadas por uma equipe multidisciplinar a partir de critérios. “Avaliamos questões como: número de casos confirmados de Covid19, se o município já teve óbito, quantos casos e quantos óbitos e consideramos também os dados da população conforme censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, explicou a docente que também é voluntária na coordenação de comunicação do projeto CoronaVidas.

A professora Fernanda explicou que a prestação de contas do trabalho à sociedade é fundamental: “Vamos intensificar a comunicação e pedimos apoio à imprensa, rádios, emissoras e sites para que a informação de que a doação dos 3 mil protetores faciais chegue a todos os cidadãos dos municípios e aos que trabalham na rede de saúde”.

Distribuição

Para organizar a montagem e distribuição das face shields, um grupo de voluntários atua seguindo protocolos de segurança desenvolvidos pela Ong Instituto Pepo, também parceira do CoronaVidas. O IFBA Campus Barreiras irá fazer a distribuição dos protetores faciais para os municípios de: Barreiras, Tabocas, Cristópolis, Baianópolis, Angical e Luís Eduardo Magalhães. A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) de Bom Jesus da Lapa é parceira do projeto e fará a distribuição para Bom Jesus da Lapa, Guanambi, Igaporã, Riacho de Santana, Caetité, Jaborandi, Correntina, São Félix do Coribe, Santa Maria da Vitória, Santana e Canápolis.

As unidades e secretarias de saúde contempladas serão notificadas por voluntários do projeto CoronaVidas por meio de ligação telefônica, e-mail ou rede social fornecidos pelos gestores ou unidades de saúde que fizeram solicitações ao projeto. De acordo com a professora Fernanda Castelo Branco, do IFBA de Feira de Santana, não é possível atender integralmente a demanda dos municípios: “É importante destacar o caráter voluntário do projeto e a doação feita pelo CoronaVidas que, pelas limitações de recursos, tentamos atender segundo critérios”.

Os municípios que receberem a notificação deverão fazer a coleta dos protetores faciais no campus do IFBA Barreiras ou no campus da UNEB de Bom Jesus da Lapa no período de 24/06 a 26/06 (quarta a sexta-feira) em horário a ser definido. Cada responsável pela coleta deverá fazer um registro fotográfico e um vídeo agradecendo ao projeto CoronaVidas pela doação, além da assinatura de termos de recebimento da doação feita pelo projeto. “Isso faz parte da transparência de nossas ações. A sociedade civil e as empresas doaram recursos e nós queremos dar transparência de que esse material chegará às mãos de profissionais de saúde por meio de gestores públicos da área”, explicou Fábio Barreto, professor do Instituto Federal da Bahia (IFBA), de Feira de Santana.

O projeto CoronaVidas recebeu, ainda, doação de protetores faciais leitosos – e, por não serem recomendados para profissionais de saúde – está destinando essa doação para uso de agentes comunitários de saúde, profissionais que atuam nas barreiras sanitárias, equipe de recepção, vigilância e limpeza de unidades de saúde.

Onda do bem

Prontamente disponível, o diretor do IFBA de Barreiras colocou o campus à disposição do projeto CoronaVidas: “Estamos honrados de poder fazer com que essas máscaras cheguem aos profissionais de saúde da região oeste da Bahia. O Instituto está cumprindo o seu papel social neste momento difícil em que todos devemos nos unir para reduzir os impactos dessa pandemia”, afirmou Gustavo Quirino, diretor geral do IFBA de Barreiras. A professora Sandra Samara, também do IFBA Barreiras, reiterou o sentimento de pertença ao projeto: “O nosso maior incentivo é saber que nosso trabalho vai contribuir com os profissionais de saúde que estão na linha de frente desse processo”.

O voluntário Filipe Cerqueira atua na MDWood, empresa parceira e responsável pela produção do molde para injeção de plástico contribui desde o início no projeto: “Na empresa, trabalho como ferramenteiro e trabalhar como voluntário no projeto CoronaVidas informando as unidades de saúde sobre a coleta das face shields é muito importante e gratificante, pois sabemos que estamos contribuindo, de alguma forma, para salvar vidas”.

Fonte: Ascom

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