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PM é atacada durante operação em evento político na zona rural de Livramento; advogado denuncia truculência e abuso de poder

Foto: Reprodução

Na noite do último domingo (22), uma guarnição da 46ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Livramento de Nossa Senhora (BA) foi agredida enquanto tentava atender a uma denúncia no Distrito de Iguatemi. O fato ocorreu por volta das 21h20, logo após o encerramento de um evento político na região.

Os policiais receberam informações de que um homem teria agredido a própria filha e a colocado em um veículo de cor branca, saindo em alta velocidade. Ao tentarem averiguar a denúncia, a guarnição se deparou com a via obstruída por um veículo de som e uma caminhonete L200, impossibilitando o deslocamento.

No momento em que solicitaram a retirada da caminhonete, populares presentes no local começaram a lançar garrafas e latas de cerveja contra a viatura. A situação se agravou quando um indivíduo que se apresentou como advogado confrontou verbalmente os policiais, alegando que eles não tinham direito de intervir. Diante da resistência, foi necessário o uso de spray de pimenta e disparos de munição de elastômero, após tentativas frustradas de verbalização e contenção.

O OUTRO LADO

Em contrapartida, o advogado Ualesson Rodrigues denunciou que os policiais agiram com truculência e abuso de poder durante a operação. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele relatou ter sido atingido por uma bala de borracha no tórax enquanto participava de um evento político em apoio a um primo candidato a vereador. Segundo Rodrigues, os policiais chegaram ao local já utilizando spray de pimenta indiscriminadamente. “Vieram na minha direção e da minha família. Só levantei a mão e pedi calma, falando que era advogado. Perguntei o que estava acontecendo, mas eles me deram um empurrão e um tiro de borracha com espingarda calibre doze. Caí na hora“, afirmou.

O advogado ainda relatou que, mesmo após cair no chão e sua noiva tentar protegê-lo, os policiais continuaram a disparar, atingindo sua noiva na perna. “Foi um ato de covardia, uma cena grotesca”, definiu. Segundo ele, a situação gerou grande confusão, com seus familiares acreditando que ele havia sido morto. Rodrigues negou ter desacatado a polícia ou que os populares tenham agredido os policiais com latas e garrafas, como alegado na nota da PM. Ele também afirmou que as agressões foram politicamente motivadas, ressaltando que não tem ficha criminal. “Não uso drogas, não bebo álcool, não estava fazendo algazarra. Não tenho histórico criminal nenhum. Quem me conhece sabe do meu caráter e da minha idoneidade”, declarou, emocionado.

O advogado registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, e o caso está sob apuração.

Feito por Portal Vilson Nunes

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