
Um avião de pequeno porte, modelo Embraer-121 Xingu, colidiu contra um morro e caiu em uma área de mata em Santa Branca, na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, na tarde desta quarta-feira (23), durante uma forte tempestade. A aeronave, pertencente à empresa Abaeté, foi localizada por equipes de resgate no início da noite, após desaparecer dos radares às 18h39, segundo informações da Força Aérea Brasileira (FAB). O voo havia partido de Florianópolis (SC) com destino a Belo Horizonte (MG).
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as condições climáticas adversas – chuva intensa, baixa visibilidade e a destruição do avião – dificultaram o trabalho de resgate. Até às 23h, os bombeiros já haviam chegado ao local e encontrado os destroços, mas nenhum sinal de sobreviventes foi identificado até o momento. “A forte chuva e o estado de destruição da aeronave estão complicando a localização das vítimas”, declarou um porta-voz do Corpo de Bombeiros.
Segundo informações apuradas pelo Portal Vilson Nunes, o piloto da aeronave, identificado como Jeferson, natural de Guanambi (BA), morreu no local do acidente. Moradores da região relataram ter ouvido um ruído, que acreditam ser uma falha no motor, seguido por um estrondo que indicava a explosão do avião. A queda ocorreu em uma área de mata de difícil acesso, entre os municípios de Paraibuna e Santa Branca, cerca de 100 quilômetros da capital paulista.
A Defesa Civil do Estado informou que, nas seis horas que antecederam o acidente, foram registrados cerca de 40 milímetros de chuva na região. As causas da queda e a identidade de outros possíveis ocupantes da aeronave ainda estão sendo investigadas. O Salvaero, centro da FAB responsável por operações de busca e salvamento, coordena os trabalhos no local, com apoio de equipes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.
Em nota, a FAB confirmou que o Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV) já está conduzindo a investigação sobre o acidente envolvendo a aeronave de matrícula PT-MBU. O processo está em fase inicial.
Em contato com a nossa reportagem, um amigo e também piloto de Guanambi, prestou homenagem a Jeferson, destacando seu profissionalismo e caráter: “Ele foi um excelente profissional, alguém de quem aprendi muito. Morreu salvando vidas. Era um piloto como poucos.”
Feito por Portal Vilson Nunes