
Um felino da espécie jaguatirica ou ocelote foi encontrado às margens da BA-263, nas proximidades da Fazenda Cipó, em Palmas de Monte Alto, na tarde deste domingo (4). O animal possivelmente foi atropelado e estava caído no mato ao lado da rodovia. Não há informações de qual veículo pode ter o atropelado.
O motorista Luiz, foi o primeiro a ver o animal morto. Ele relatou à reportagem, que estava retornando de Sebastião Laranjeiras de bicicleta, quando em determinado momento viu sangue na rodovia e parou para olhar do que se tratava. “Eu estava fazendo um pedal, e quando vi o sangue fiquei curioso, e mais ou menos uns 2 metros da pista estava lá o animal caído. Tudo indica que foi algum carro que atropelou, pois ainda estava saindo sangue pela boca e pelo ouvido, certeza que tinha poucos minutos que aconteceu“, disse.
NOTA DO SITE
Inicialmente, devido a semelhança, o site havia informado equivocadamente que tratava-se de uma onça-pintada. No entanto, após a postagem, uma bióloga manteve contato e confirmou que na verdade o animal da foto era uma jaguatirica.
De acordo com pesquisa feita pelo site, normalmente em casos como este, o órgão responsável (IBAMA) recolhe o animal para ser empalhado, que é a técnica de preservação da forma da pele para exibição ou estudo do animal. Neste trabalho, também são coletados dados como espécie, peso, tamanho, padrão de pelagem, idade, entre outros.
CARACTERÍSTICA
A jaguatirica (nome científico: Leopardus pardalis) ou ocelote é um mamífero carnívoro de porte médio, com 72,6 a 100 cm de comprimento e peso entre 7 e 15,5 kg. O padrão de coloração da pelagem é muito semelhante ao do gato-maracajá, mas a jaguatirica é maior e possui a cauda mais curta. É um animal solitário, noturno, territorial e os machos possuem territórios que se sobrepõem sobre os de várias fêmeas. Alimenta-se principalmente de roedores, mas também de animais de porte maior como ungulados, répteis, aves e peixes. Caça à noite, formando emboscadas.
A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais lista a jaguatirica como estado de conservação “pouco preocupante” e ela está incluída no apêndice 1 da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção. É o mais abundante dentre os felídeos sul-americanos, apesar de as populações estarem decaindo. A situação de conservação varia, e é listada como “vulnerável” na Colômbia e Argentina.
No Brasil, apenas a subespécie L. p. mitis foi considerada em alguma categoria de ameaça, mas atualmente ela não figura na lista nacional. Já foi muito caçada por conta do comércio ilegal de peles e vendida como animal de estimação, mas a maior ameaça é a destruição e degradação do habitat. A sua beleza e relativa docilidade já fizeram com que a jaguatirica fosse desejada como um animal de estimação exótico. Por ser de porte relativamente menor, a espécie não traz problemas com ataques a seres humanos, mas pode causar problemas com ataques a galinheiros.