A ex-vereadora do município de Barra da Estiva, no sudoeste da Bahia, Maria Creusa Silva, conhecida como ‘Creusa de Permínio’, foi a Júri Popular, na manhã de quarta-feira (23), após ser acusada de matar Samuel Silva Machado.
O julgamento do caso colocou ‘frente a frente’ dois dos principais advogados criminalistas da Bahia, Maurício Vasconcelos, que representou a família de Samuel, e Custódio Lacerda, que trabalhou na defesa da ré; e foi conduzido pela Juíza da Comarca de Barra da Estiva, Mirã Carvalho Dantas. O Júri, que foi formado por sete pessoas, em decisão controversa, reconheceu a ré como assassina, mas em seguida a absolveu por 4 votos a 3. Maria Creusa foi condenada pelo crime de ocultação de cadáver e teve a pena fixada em 1 ano de reclusão e 10 dias de multa; no entanto, teve a pena restritiva de liberdade substituída por serviços comunitários.
Em entrevista concedida ao site Metrópoles, o advogado da família do lavrador disse que “a sentença foi contraditória e confusa”. Ele avalia mover um recurso contra a decisão.
ENTENDA O CASO
Em 2007, o corpo de Samuel, que trabalhava como lavrador, foi encontrado na fazenda de Creusa após constatado o seu desaparecimento. A ex-vereadora foi apontada como principal suspeita do homicídio por conta de uma dívida de cerca de R$ 130 mil que ela tinha com o lavrador, relacionada ao comércio de café.
A ex-vereadora foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público da Bahia como autora do crime, que apontou existir um conjunto probatório que demonstrava a autoria do crime, bem como a ocultação do cadáver. Ela chegou a ser presa preventivamente, mas foi solta por não existir antecedentes criminais contra ela.
Feito por Portal Vilson Nunes