O pedido de uma instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de vereadores que compõe a base da oposição na Câmara Municipal de Igaporã para investigar supostas irregularidades do Prefeito Newton Francisco Neves Cotrim (Neto), não foi bem vista pelo gestor.
Os vereadores, Diogo Carlos Alves Fernandes (PSD), Érico José Magalhães de Oliveira (PSD), João Ary Fernandes (PSD) e José Pedro das Neves Filho (PSD), protocolaram o pedido na casa legislativa do munícipio na última terça-feira (29 de agosto), usando como justificativa o atraso no pagamento do 13º salário do servidores no mês de aniversário, além de atraso com os salários de funcionários contratados e comissionados e, também, dos prestadores de serviço no transporte escolar do município. Os vereadores postulam, ainda, a investigação sobre uma suposta falta de material básico para o atendimento em unidades municipais de saúde; questionam e pedem apuração sobre o bloqueio para obtenção de novos empréstimos consignados dos bancos em relação aos servidores municipais. E, por fim, as dívidas que foram acumuladas pela Administração Municipal e suas secretarias e a redução nos salários dos servidores terceirizados, contratados pela empresa EMBRAED.
Procurado pela reportagem do PORTAL VILSON NUNES, o prefeito Neto, informou que o pedido para instalação desta CPI trata-se de uma “tentativa indecente” de criar um fato político, por conta das eleições municipais no próximo ano. Ainda segundo o gestor, o que os vereadores consideram irregularidades é, na verdade, a situação que muitas prefeituras vêm enfrentando devido aos decréscimos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Este requerimento de CPI é uma tentativa indecente de se criar um fato local, visando vantagens políticas, já pensando no ano que vem. O fato esdrúxulo alegado se resume às dificuldades financeiras que o Município de Igaporã vem enfrentando na atualidade, como inclusive tem acontecido com a maioria esmagadora dos Municípios do Brasil”, pontuou Neto.
À nossa reportagem, o prefeito ainda lembrou sobre a paralisação que quase todos os munícipios da Bahia aderiram em reinvindicação a redução dos repasses das receitas financeiras. “Não é só Igaporã. A situação está complicada para várias cidades, porque nós dependemos das transferências Constitucionais da União para manter as nossas contas em dias. Se esse recurso cai em grande proporção, como vamos manter nossas contas em dias? A União dos Municípios da Bahia (UPB) e Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estão em campanha permanentes em apoio a estas cidades”, finalizou o gestor.
Feito por Portal Vilson Nunes