Em entrevista ao PORTAL VILSON NUNES, deputado petista diz que Bolsonaro será preso e condenado por tentativa de golpe de estado; assista

Zé Raimundo (Foto: Portal Vilson Nunes)

O deputado estadual Zé Raimundo (PT-BA), afirmou em entrevista na noite desta sexta-feira (22), que tem absoluta convicção de que o ex-presidente Bolsonaro será condenado e consequentemente preso por ter atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. A declaração de Zé Raimundo foi dada à reportagem do PORTAL VILSON NUNES durante a inauguração do novo espaço do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, realizada no município de Palmas de Monte Alto (BA).

O parlamentar apontou que pelas provas já colhidas em investigações feitas pela Polícia Federal é possível dizer que “Bolsonaro utilizou o escudo do exército” para tramar golpe com militares. “Ele tentou utilizar das Forças Armadas, mas agora com os depoimentos que nós assistimos, o Alexandre de Moraes abriu os depoimentos e tá muito claro, a tentativa dele de envolver as Forças Armadas num golpe, e esses oficiais superiores em seus depoimentos, claramente, dirigiram-se a ele como a referência que a tentativa foi dele, isso cria portanto, a condição institucional para ele ser condenado”, manifestou o petista. [assista]

OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL

O dia 8 de fevereiro foi o dia escolhido para a deflagração de uma operação da Polícia Federal (PF) que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo, incluindo ministros de Estado e militares. Eles são investigados por formarem uma suposta organização criminosa para atuar na tentativa de golpe de Estado. A operação foi batizada de Tempus Veritatis ou Hora da Verdade, em tradução livre.

A operação foi deflagrada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, ter fechado acordo de colaboração premiada com investigadores da PF. O acordo foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) e já recebeu a homologação do STF.

O tenente-coronel Mauro Cid revelou à Polícia Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez ao menos cinco reuniões com militares para tratar de um golpe de Estado. Os encontros foram listados em diferentes depoimentos.

As investigações apontam que a organização se dividiu em seis núcleos para atuar na tentativa de golpe de Estado e de ataque ao Estado Democrático de Direito: o de desinformação e ataques ao sistema eleitoral; o de incitação ao golpe entre militares; o de atuação jurídica; o de coordenação de ações de apoio operacional; o de inteligência paralela, e o de oficiais de alta patente que legitimavam todas as ações.

ATAQUES DE 8 DE JANEIRO

A Polícia Federal aponta que integrantes do grupo trocaram mensagens sobre a organização dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em ataques e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Mauro Cid e o major do Exército, Rafael Martins de Oliveira, conversaram sobre a ida de uma caravana do Rio de Janeiro para os atos. Cid pediu ao major que fizesse estimativa de custo com hotel, alimentação e demais despesas. Oliveira estimou gastos em torno de R$ 100 mil.

Segundo a PF, o diálogo traz fortes indícios de que Rafael de Oliveira “atuou diretamente, direcionando os manifestantes para os alvos de interesse dos investigados, como STF e Congresso Nacional, além de realizar a coordenação financeira e operacional para dar suporte aos atos antidemocráticos” sob a orientação de Cid, responsável pelo arranjo de financiamentos dos atos.

O OUTRO LADO

Em nota, a defesa de Jair Bolsonaro manifestou indignação e inconformismo. Afirmou que o ex-presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou das instituições, que Bolsonaro vem sendo alvo de repetidos procedimentos que insistem em uma narrativa divorciada de quaisquer elementos que amparassem as graves suspeitas e que, apesar de sempre se voluntariar e se disponibilizar a comparecer às convocações feitas por determinação do Supremo, teve o passaporte apreendido, uma medida que, segundo a defesa, é absolutamente desnecessária e afastada dos requisitos legais e fáticos que visam garantir a ordem pública e regular as investigações.

Sobre o documento apreendido na sede do PL, com argumentos para a decretação de um estado de sítio e da garantia da lei e da ordem no Brasil, a defesa de Bolsonaro declarou que o padrão do documento não condiz com as tradicionais e reconhecidas falas de Bolsonaro, que o conteúdo escrito depende mandatoriamente da ação conjunta de outros Poderes e que a vontade de tentar colocar Bolsonaro num cenário político que ele jamais concordou não tem limite.

Feito por Portal Vilson Nunes

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