Em 2023, a Bahia Mineração (Bamin) teve um prejuízo de R$ 30,9 milhões, sendo a empresa responsável pela extração de minério de ferro em Caetité e detentora da concessão para implementação e gestão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1).
O prejuízo acumulado pode ter levado a empresa a optar por demitir em larga escala as prestadoras de serviço e manter apenas as funções administrativas e de escritório. Atualmente, a companhia praticamente parou a extração de minério de ferro em Caetité. Essa informação teve grande impacto em toda a região, já que a Bamin exerce forte influência na economia regional, empregando seus serviços e trabalhadores locais.
Valtécio Aguiar, o prefeito de Caetité, optou até o momento por não se pronunciar sobre o tema e não divulgou detalhes sobre medidas que a prefeitura poderia adotar para apoiar a Bamin.
A informação é alarmante e acende o sinal de alerta para uma séria deterioração em toda a área, com diminuição de aportes e geração de empregos e renda.
NOTA
Após veiculação de reportagem, o departamento de jornalismo da BAMIN, emitiu nota de esclarecimento sobre o assunto. Confira a integra da nota:
“A BAMIN mantém com seus fornecedores um diálogo aberto e transparente. Eventuais suspensões na prestação de serviços são processos normais que fazem parte desse tipo de acordo entre as partes.
Nossos fornecedores são empresas independentes, com administrações e estratégias próprias de negócios. A descontinuidade dos contratos de fornecedores da Mina Pedra de Ferro, em Caetité (BA), foi uma medida tomada em função de um redesenho da estratégia de venda do minério de ferro produzido pela empresa, por causa da falta de alternativa logística para escoamento. Importante ressaltar que as vendas, nesse primeiro momento de operação da BAMIN, mesmo que em um volume menor que o necessário para cobrir os custos, contribuíram para a redução dessa diferença.
Porém, as oscilações do preço do minério de ferro no mercado mundial trouxeram a necessidade dessa reavaliação e a única alternativa que se mostrou economicamente viável foi a venda para o mercado interno. Infelizmente, não foi possível concretizá-la em função da falta de logística.
A BAMIN entende a importância da continuidade de sua produção para a região de Caetité e para toda Bahia e, por isso, além de realizar estudos que busquem uma solução para o escoamento, também avalia um plano de lavra com equipamentos de maior capacidade do que aqueles utilizados atualmente.
A empresa entende que a mina Pedra de Ferro possui um minério de alta qualidade, reconhecido no mercado nacional e internacional, que atrai o interesse de potenciais compradores do mundo todo. A companhia continua focada na implantação do projeto integrado que abrange a mina, ferrovia e porto. Nesse momento, estamos priorizando os investimentos nas estruturas do projeto que requerem mais tempo para conclusão para que o cronograma de obras de infraestrutura se adeque ao de implantação.
A BAMIN reafirma o compromisso com a qualidade, ética e transparência que orientam a sua conduta e se mantém à disposição para sanar qualquer dúvida adicional.”
Fonte: Radar 030