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Vereador afirma que prefeito de Malhada mentiu em entrevista ao dizer que a gestão responde todos os ofícios da Câmara; assista

Gimmy, prefeito de Malhada (Foto: Reprodução Rádio Alvorada)

Durante entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (11) ao radialista Ronny Martins, da Rádio Alvorada de Guanambi, o prefeito de Malhada, Gimmy Ramos (PT), tentou esclarecer a contratação de um empréstimo de até R$ 7 milhões que o município está pleiteando junto ao Banco do Brasil. No entanto, apesar das perguntas diretas feitas pelo jornalista, o gestor pouco detalhou aspectos técnicos do financiamento e direcionou boa parte da fala a ataques contra a oposição.

Na fala, Gimmy alegou que o montante seria pago com a economia gerada por uma usina solar que pretende adquirir com recursos próprios, no valor de R$ 2 milhões. Segundo ele, a economia mensal com energia elétrica no município seria superior a R$ 100 mil, o que permitiria o pagamento das parcelas do empréstimo sem comprometer recursos diretos da prefeitura. “Eu não vou comprometer um real do município”, afirmou o prefeito, destacando que a operação seria viável por meio da eficiência na gestão energética.

Contudo, ao ser questionado sobre a ausência de estudos técnicos, planilhas de cálculo, detalhamento dos juros e dados sobre a capacidade de endividamento do município, o prefeito não apresentou nenhuma documentação concreta, justificando que esses dados seriam elaborados apenas após a autorização legislativa, como exigência do banco credor. “A Câmara autoriza, aí vai elaborar-se o projeto”, disse Gimmy.

A entrevista, também foi marcada por críticas ao vereador Dhione Ramos (PDT) que questiona o empréstimo. Gimmy acusou o parlamentar de faltar às sessões e disse que o consórcio que assessora o projeto esteve duas vezes na Câmara, justamente quando o vereador e uma colega não estavam presentes.

Procurado pelo Portal Vilson Nunes, o vereador que vem cobrando mais transparência na operação rebateu duramente as declarações do prefeito. Em nota, afirmou que Gimmy “mentiu à população” ao dizer que responde todos os ofícios enviados pela Câmara. “Se há falta de informação, é porque essa gestão se recusa a disponibilizá-la, tanto para mim quanto para toda a população”, criticou.

O parlamentar listou diversos requerimentos que seguem sem resposta, entre eles: o percentual atual de endividamento do município; a convocação de membros da gestão para prestar esclarecimentos; quadros completos de servidores efetivos e contratados, além da documentação das rotas escolares e do transporte público. Ele também lembrou que estava afastado por questões médicas no dia da visita do consórcio, sendo inclusive atendido por uma ambulância do SAMU na própria Câmara.

Se eu fosse o prefeito, teria vergonha de afirmar que responde todos os requerimentos da Câmara”, afirmou o vereador. Ele finalizou dizendo que seguirá com seu papel fiscalizador e reafirmou o compromisso com a ética, responsabilidade e transparência na atuação parlamentar. [confira a Nota na íntegra]

Diante das declarações feitas pelo prefeito municipal em recente entrevista, venho a público apresentar minha versão dos fatos, com respeito à população malhadense e à democracia.

Quando o prefeito afirma que me falta informação, não está totalmente equivocado, mas é preciso esclarecer: se há falta de informação, é porque essa gestão se recusa a disponibilizá-la, tanto para mim quanto para toda a população. Há meses venho solicitando dados essenciais para análise de projetos importantes, como o do empréstimo de R$ 7 milhões, e não recebo retorno.

Na própria entrevista, o prefeito não apresentou nenhuma das informações que estão ausentes no projeto de lei. Até hoje, ele não detalhou os juros envolvidos, nem apresentou estudos técnicos que comprovem que o município tem capacidade para contrair mais dívidas. Além disso, em momento algum ele falou da dívida de quase R$ 18 milhões que precisou parcelar para obter certidões negativas.

Se eu fosse o prefeito, teria vergonha de afirmar que responde todos os ofícios e requerimentos da Câmara. A seguir, cito apenas alguns exemplos que ainda aguardam resposta:

Requerimento com o percentual atual de endividamento da Prefeitura de Malhada;
Solicitação da presença do Secretário de Administração (Alex Marcos) e do assessor Anderson Brunelli, para esclarecer despesas apresentadas em audiência pública;
Quadro completo dos funcionários concursados, com função, carga horária e local de trabalho;
Quadro detalhado dos funcionários da Secretaria de Saúde, também com função, carga horária e lotação;
Relação dos responsáveis pelas linhas do transporte escolar, conforme o georreferenciamento;
Cópia do georreferenciamento das rotas escolares, contratado por R$ 28.000.
Esses e diversos outros pedidos seguem sem resposta, o que demonstra a falta de compromisso com a transparência pública.

Repudio ainda as falas ofensivas do prefeito, que tentou desqualificar minha atuação dizendo que só trabalho quatro dias e que não tenho compromisso com o povo. Isso não é verdade. No dia em que o representante do Consórcio do Alto Sertão esteve na Câmara, todos sabiam que eu estava de atestado médico, após passar mal e ser socorrido por uma ambulância do SAMU dentro da própria Câmara Municipal. A vereadora Marina também não estava presente porque se encontrava em Brasília, participando de uma capacitação técnica voltada ao fortalecimento da atuação política de mulheres.

Por fim, gostaria de perguntar ao atual prefeito: o que ele fez nos seus primeiros sete meses enquanto vereador? Porque em apenas sete meses de mandato, já garanti emenda de calçamento para Malhada, por meio da deputada Jusmari Oliveira — fruto do meu compromisso e articulação política.

Sigo firme na minha missão de fiscalizar, cobrar, propor e representar o povo com responsabilidade, ética e coragem. A verdade sempre prevalecerá.

Veja a entrevista completa do prefeito Gimmy Ramos.

Feito por Portal Vilson Nunes

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