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‘Se tiver algo errado, que paguemos’, diz Bolsonaro sobre Coaf

Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Depois de evitar dar entrevistas em Brasília esta semana, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), admitiu ter um “problema pela frente” ao citar apuração que envolve um ex-assessor de seu filho, o senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL-RJ).

Em transmissão feita pelas redes sociais na noite desta quarta-feira (12), Bolsonaro nega que ele e o filho sejam investigados. “Se algo estiver errado, que seja comigo, com meu filho, com o Queiroz, que paguemos aí a conta deste erro que nós não podemos comungar com erro de ninguém. Da minha parte estou aberto a quem quiser fazer pergunta sobre este assunto“, afirmou.

Um relatório do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) apontou movimentação atípica do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. De acordo com o órgão, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo e a reportagem afirma que uma das transações de Queiroz citadas no relatório do Coaf é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Na transmissão desta quarta, Bolsonaro não menciona o cheque para a mulher. Ao site O Antagonista, na sexta-feira (7), ele disse que o valor era referente a uma dívida de Queiroz com ele mesmo e justificou o depósito para sua mulher por não ter tempo de ir ao banco.

Bolsonaro disse nesta quarta que o caso “dói no coração” e pede que seja esclarecido o quanto antes. “Deixo bem claro que eu não sou investigado, meu filho Flavio não é investigado e, pelo que me consta, este ex-assessor nosso será ouvido na semana que vem, onde a gente espera que ele dê os devidos esclarecimentos pro que vem acontecendo“, afirmou.

O relatório envolvendo Queiroz foi produzido pelo Coaf como parte da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato. Deflagrada há um mês, a operação prendeu sete deputados da Assembleia do Rio, além de expedir novos mandados de prisão a outros três que já estavam detidos. Eles são suspeitos de receber mesada para apoiar o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, condenado por corrupção. Flávio Bolsonaro, que é atualmente deputado estadual no Rio, não estava entre os alvos da operação.

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