A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) finalizou no início da noite desta quinta-feira (31/8), a exumação na busca dos restos mortais do ex-militante, João Leonardo da Silva Rocha, realizada durante três dias no cemitério público, do município de Palmas de Monte Alto (BA). A ossada humana encontrada na quarta-feira (30/8) e que pode pertencer ao desaparecido político foi completamente exumada e será encaminhada ao Departamento de Polícia Técnica de Salvador (BA). A empresa vencedora da licitação já iniciou a reconstrução das sepulturas que foram atingidas, e a previsão é de que nesta sexta-feira (1/9), os restos mortais do casal (Natalino e Maria), exumados no procedimento serão novamente enterrados.
Em entrevista exclusiva à Rádio Visão FM, o médico perito Dr. Samuel Ferreira, coordenador científico da Comissão, esclareceu que o material coletado passará por análises técnicas em laboratórios, e dependendo da condição de preservação poderá ser comparado geneticamente com o DNA de Maria Anália da Silva Rocha (falecida) e de Mário Rocha, 79 anos de idade, respectivamente, mãe e irmão de João Leonardo. Porém, o especialista ressaltou que talvez isso não seja possível devido o péssimo estado de conservação dos ossos encontrados. “De antemão, a gente já pode antecipar pela experiência que a gente tem com casos semelhantes, de que é extremamente difícil de obter material genético daqueles restos mortais, em virtude do grau de degradação em que eles se encontram”, manifestou Ferreira.
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A presidente da CEMDP e Procuradora Regional da República, Eugênia Augusta Gonzaga, fez um balanço dos trabalhos realizados pela equipe em Palmas de Monte Alto, ressaltando que o principal objetivo da Comissão é dar à família o direito de sepultar seus mortos e registrar na história que ele foi mais uma vítima do regime da ditadura militar. Ainda segundo a presidente, a Comissão trabalha com um prazo estimado entre 60 a 90 dias para obter um resultado dos exames.
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Fonte: Vilson Nunes / Rádio Visão FM
