
Um esquema criminoso envolvendo servidores da Prefeitura de Salvador (BA) foi desarticulado nesta quinta-feira (12), em uma ação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU). O grupo é suspeito de desviar recursos públicos por meio de contratos irregulares firmados com uma organização sem fins lucrativos, ligada à prestação de serviços de tecnologia da informação na área da saúde.
Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, com bloqueio judicial de R$ 100 milhões em bens de pessoas físicas e jurídicas. Também foi determinado o afastamento de agentes públicos envolvidos nas fraudes.
Além da capital baiana, a operação também foi realizada nos municípios de Mata de São João e Itapetinga, na Bahia, e em Maceió (AL). A ação mobilizou cerca de 130 policiais federais e 18 auditores da CGU.
As investigações tiveram início após a identificação de movimentações financeiras suspeitas por entidades e empresas privadas contratadas por diversas prefeituras baianas. Um dos casos que mais chamou a atenção foi o da Prefeitura de Salvador, devido ao alto faturamento nos últimos anos relacionado a serviços de TI no setor de saúde.
De acordo com a PF e a CGU, o pregão realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Salvador apresentava diversas irregularidades. A entidade contratada simulava pagamentos, mas os valores eram transferidos para empresas privadas registradas em nome de servidores públicos envolvidos no esquema.
O esquema, segundo os investigadores, pode ter se estendido por quase uma década, com pagamentos realizados sem a devida cobertura contratual.
A reportagem da Agência Brasil tentou contato com a Prefeitura de Salvador para obter um posicionamento sobre os contratos investigados e os funcionários supostamente envolvidos. Até a publicação desta matéria, não houve resposta.
Feito por Portal Vilson Nunes com informações da Agência Brasil