Montealtense, mestrando em psicologia, publica Artigo: ‘A morte não é um jogo e o suicídio não é uma brincadeira’

psicólogo montealtense, formado pela Faculdade Guanambi (FG), Samuel Lopes Teixeira (Foto: Reprodução)

O psicólogo montealtense, formado pela Faculdade Guanambi (FG), Samuel Lopes Teixeira, Mestrando em Brasília, na Instituição Brasileira de Terapia Intensiva (IBRATI), publicou Artigo: ““A morte não é um jogo e o Suicídio não é uma brincadeira”, com o objetivo de chamar à atenção da população sobre o referido assunto, em decorrência do aumento significativo do número de casos registrados em Palmas de Monte Alto e na região sudoeste da Bahia.

Samuel, Especialista em educação especial inclusiva, já está no oitavo módulo do Mestrado em psicologia intensiva. Atualmente, ele também estuda sexologia. Além de trabalhar na APAE em Guanambi, ele coordena o Cras e ainda dá aula nas turmas de pós graduação da FAC de Minas.

Confira o Artigo:

“A morte não é um jogo e o Suicídio não é uma brincadeira”.

SUICÍDIO, UMA REALIDADE EM PALMAS DE MONTE ALTO/BA.

Um recente aumento nos casos de suicídio vem chamando a atenção dos serviços e profissionais de saúde e segurança pública no Brasil. O suicídio vem ganhando destaque com a série americana 13 Reasons Why, traduzido para o português como 13 Motivos ou 13 Porquês?  A série detalha o plano  de morte de uma jovem adolescente que enfrenta sérios problemas pessoais e sociais, incluindo a invisibilidade diante do seu isolamento social. Para quem ainda não assistiu, vai o alerta, tem cenas muito fortes de dor, abandono, desprezo e morte. Outro destaque que vem ganhando seguidores pelo mundo todo é o “famoso” jogo Baleia Azul (“Blue Whale”), o que de famoso não tem nada mais que, ganhou holofotes na mídia pelo auto índice de seguidores adolescentes que fazem parte de um ritual de automutilação, chegando à fase final do jogo que a MORTE. Sabe-se que o jogo se originou na Rússia e que suas regras consistem em 50 desafios enviados aos participantes, por “mentores”  que por meio de pressão psicológica e utilizando a internet como meio de comunicação para acessar as redes sociais (Facebook e Whatsaap) de pessoas vulneráveis e suscetíveis à depressão,  motivam esses jovens jogadores a um desafio de libertação da dor, através da morte.

Segundo relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado em dezembro de 2016 a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo, no entanto apenas 28 países têm planos de estratégia para a prevenção. O Brasil ocupa o 11° lugar no relatório da OMS, ou seja, em média 25 brasileiros cometem suicídio a cada dia. O suicídio é identificado como a segunda maior causa da morte de jovens entre 15 e 29 anos no país e mesmo com dados alarmantes, enfrentamos diariamente o tema suicídio como um tabu. Mas esse tabu precisa ser falado e trago a tona, a negligência existencial da sociedade contra as pessoas que sofrem a dor de viver.

É necessário perder o medo de falar sobre o suicídio e se aproximar das pessoas. O indivíduo que está numa crise existencial, tende a querer ficar cada vez mais sozinho e isolado do convívio social e familiar. Os sinais podem não ser claros, mas acreditem, as lágrimas atravessam o sorriso estampado no rosto de quem grita por ajuda.

Dito isso, se você sentir que alguém precisa de ajuda ou de uma escuta, não êxite em perguntar: “Posso te ajudar?”, seja sincero, olhe nos olhos e escute com muita atenção cada palavra, cada lágrima ou até mesmo o silêncio. O importante é estar preparado para ouvir e saber encaminhar para um profissional qualificado.

Fiquem atentos: Tristeza profunda e duradoura, falta de interesse e planos para o futuro são um alerta para se cometer suicídio. Não julgue. Não Ofenda.

Palmas de Monte Alto/BA

Samuel Lopes Teixeira
Psicólogo Clinico
Especialista em educação especial inclusiva
Mestrando em terapia Intensiva

Fonte: Portal Vilson Nunes

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