
O trecho urbano da BR 430, em Igaporã – Avenida Ayrton Senna – é fonte de problemas constantes para os usuários da via, devido à fragilidade da pista que se deteriora facilmente no período chuvoso.
Os moradores se queixam dos buracos, das irregularidades e, principalmente, da poeira causada pelas operações tapa-buraco, feitas pela empresa responsável pela manutenção.
O problema perdura há muitos anos, despertando a revolta dos moradores. A exposição diária à poeira causa doenças, de acordo com vídeos postados por pessoas que protestam contra a situação.
Equipes da Prefeitura de Igaporã tentam minimizar o problema, molhando a pista. Mas, os resultados são insuficientes.
O afundamento da pista também é um fato recorrente há décadas, nos períodos chuvoso e de estiagem.
A reportagem da Web Rádio Igaporã conversou com um engenheiro, que atua na construção de rodovias. Sob condição de anonimato, ele explicou que a BR 430 é uma obra da década de 1980, projetada para um uso menos intenso, do que o atual. “Quando a rodovia foi construída, o uso era diferente. Não havia a passagem de veículos pesados, com a intensidade atual. Portanto, o problema é estrutural e a única solução seria reconstruir a rodovia, com projeto para suportar o fluxo atual de veículos pesados”, disse o engenheiro.
Moradores de Igaporã já interditaram a pista em 2014, na altura do trevo que dá acesso a Tanque Novo, em um período que a pista praticamente impedia a passagem de veículos, devido à quantidade de buracos.
Os protestos resultaram no recapeamento feito pelo Governo Federal, que não atingiu a parte estrutural da rodovia. Os transtornos continuaram na cidade de Igaporã.
A BR 430 é um importante corredor de escoamento da produção agrícola do Oeste da Bahia e parte dos estados de Goiás e Tocantins, com destino ao sul do país. A rodovia também é utilizada por moradores do Centro-Oeste brasileiro, que buscam o litoral nos períodos de alta no turismo.
Fonte: Web Rádio Igaporã