
As festas de final de ano acabam sendo um convite ao consumo de bebidas alcoólicas. E junto com a celebração, vem também um alerta para o consumo responsável, principalmente no caso das pessoas que fazem uso de medicamentos, sejam de uso contínuo ou esporádico.

Mesmo os remédios para doenças comuns, como resfriados e alergias, exigem cuidado, já que a mistura com o álcool em nosso organismo pode gerar riscos que vão de leves a graves. É o que alerta a Jaqueline Watanabe, gerente de atendimento técnico e regulatório da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), entidade que representa o setor das farmácias de manipulação no Brasil:
“O álcool pode potencializar o efeito do remédio, podendo ser tóxico ao nosso organismo. Ele pode reduzir ou anular o efeito do medicamento, que é uma situação perigosa para quem faz uso de medicamentos para pressão, diabetes ou uso de antibióticos. O álcool pode sobrecarregar o fígado, já que tanto ele quanto muitos medicamentos são metabolizados ali, e também pode causar efeitos colaterais como sonolência extrema, queda de pressão, náuseas e arritmias”, explica.
A farmacêutica dá exemplos do que pode acontecer se houver mistura com alguns dos remédios mais utilizados pela população:
“Misturar álcool com ansiolíticos ou antialérgicos pode causar sonolência intensa, comprometendo a capacidade motora e aumentando o risco de acidentes. Misturar com paracetamol aumenta o risco de danos ao fígado. Já misturar com anti-inflamatórios (como Ibuprofeno, Diclofenaco ou Ácido Acetilsalicílico) aumenta a chance de sangramento gastrointestinal e de úlcera”, diz.
Se engana quem pensa que há uma quantidade segura de álcool para ingerir, pois depende de cada organismo, dosagem e tipo de medicamento utilizado. Portanto, o ideal é evitar o consumo de bebidas alcoólicas, especialmente se seu remédio é de uso contínuo.
Fonte: Agência Brasil