
O suposto desvio de grande quantia de valores dos cofres da prefeitura municipal de Guajeru (BA) está sendo investigado pela Câmara de Vereadores, que abriu uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar o caso. A cidade é administrada pelo pedetista Gilmar Rocha Cangussu, o Gil Rocha.
Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o vereador Irmo Gomes (PP), o popular Loza, afirma que o desvio na folha de pagamento da prefeitura teria sido descoberto pelo próprio prefeito. Segundo o parlamentar, na tentativa de tirar a sua responsabilidade, o gestor está acusando o departamento pessoal de realizar o desvio da verba. Para ele, o prefeito não está inocente nessa história. “Entrei com um requerimento solicitando a abertura de uma comissão, o que foi aprovado por todos os vereadores. A primeira reunião aconteceu nesta semana. Vamos investigar o que realmente aconteceu”, destacou.
O OUTRO LADO
Na noite desta quinta-feira (10), ao ser procurado pela reportagem do PORTAL VILSON NUNES, o prefeito Gil Rocha, encaminhou Nota de Esclarecimento refutando as declarações feitas por vereadores de oposição, com relação a desvio de verba na Prefeitura de Guajeru e suposto pedido de cassação do mandato de prefeito. No documento, o chefe do executivo nega qualquer irregularidade cometida por ele e, esclarece que, conforme investigação da própria gestão, os desvios foram de autoria de um servidor que ocupava o cargo de Diretor de Departamento de Pessoal. [Confira a nota na íntegra]
1 – A iniciativa de abrir sindicância partiu do próprio gestor que, ao identificar indícios de irregularidades, buscou colher informações que pudessem embasar a denúncia contra o servidor e seu imediato afastamento do cargo de Diretor de Departamento de Pessoal;
2 – Após apuração interna, foi identificado o desvio de recursos que eram retirados de contas do município e direcionados para a conta corrente do servidor e de familiares. O relatório com as informações foi entregue à polícia que irá instaurar inquérito e proceder para que os recursos sejam devolvidos aos cofres públicos.
3 – O prefeito Gil Rocha já protocolou o relatório na Polícia Civil e no Ministério Público e aguarda os trâmites para que o servidor realize a devolução dos recursos.
4 – Em todos os atos de irregularidade identificados no caso em questão, não há nenhum indício que relacione a participação e ou conhecimento do prefeito Gil Rocha nas ações ilícitas praticadas pelo servidor. Desse modo, não se justifica as declarações de um possível pedido de cassação do mandato.
5 – É preciso ter coragem de corrigir e tomar as medidas cabíveis para que o patrimônio público não seja lesado. Nosso município é carente e não podemos permitir que isso aconteça. Não admitimos corrupção e os responsáveis devem ser punidos e os recursos devolvidos aos cofres públicos.
A comissão tem 120 dias para emitir a conclusão final da investigação. Caso seja considerado culpado, o prefeito poderá ter o seu mandato cassado.