A desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), se tornou ré por suposto envolvimento em um esquema de propina para favorecer empresas agropecuárias na posse de imóveis no oeste baiano. A negociação teria girado em torno de R$ 4 milhões, com R$ 2,4 milhões já pagos. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e manteve o afastamento de Sandra até a conclusão do julgamento.
Segundo o MPF, a desembargadora e outros réus atuaram para garantir decisões judiciais favoráveis a uma empresa agropecuária, assegurando a propriedade de terras rurais. As acusações incluem organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o relator Og Fernandes, as provas coletadas, incluindo diálogos e relatórios financeiros, justificam o prosseguimento da ação penal. A Operação Faroeste, que investiga o esquema, afastou Sandra do cargo em 2020. A defesa alega que as decisões da magistrada foram legítimas e questiona a validade das provas usadas na denúncia.
Fonte: Correio da Bahia