
Candidata a deputada estadual pelo PSL nas últimas eleições, a professora aposentada Cleuzenir Barbosa declarou que o partido promoveu um esquema de lavagem de dinheiro público em Minas Gerais, que na época tinha o diretório regional presidido pelo hoje ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
Segundo depoimento de Barbosa para o jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira, 19, o ministro do governo Jair Bolsonaro sabia das operações. O caso de Cleuzenir seria o de mais uma “candidatura laranja” da legenda. Na semana passada, a Procuradoria Eleitoral começou a investigar quatro candidatas mineiras suspeitas de serem laranjas de Marcelo Álvaro.
O diretório do partido em Pernambuco também é investigado por procedimentos semelhantes. O escândalo foi uma das causas da queda do advogado Gustavo Bebianno, presidente interino do PSL durante as eleições, do cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.
Cleuzenir, que diz não ter aceitado integrar o esquema, não foi eleita (teve 2.097 votos) e hoje vive em Portugal. Disse ter deixado o Brasil por temor de retaliações por parte dos aliados de Álvaro Antônio.
Fonte: VEJA