
A Barragem de Ceraíma, em Guanambi, atravessa um cenário de forte preocupação. Com o volume reduzido a apenas 30% da capacidade, o reservatório já provoca prejuízos significativos ao perímetro irrigado, que abastece produtores responsáveis por parte da economia agrícola do sudoeste baiano.
De acordo com o presidente da Cooperativa dos Agricultores de Ceraíma, Marco Antônio Fraga, as chuvas recentes não trouxeram melhora no nível da barragem. Ele afirma que cerca de 40% da safra já está perdida e teme que a situação se agrave caso não haja recuperação até os próximos meses. “Estamos vivendo uma situação crítica. Se não chover na cabeceira, vamos perder o restante da safra”, destacou.
Fraga também questiona a retirada contínua de água pela Embasa, alegando que a empresa poderia utilizar a Adutora do Algodão para aliviar a pressão sobre o reservatório.
No perímetro irrigado, os agricultores foram obrigados a reduzir drasticamente o uso da água, o que já afeta a produção de frutas e hortaliças. A projeção é de que, sem chuvas suficientes, o reservatório alcance o volume morto até junho de 2026, o que impediria a irrigação.
A crise hídrica preocupa ainda mais pela dimensão dos impactos: mais de 27 municípios dependem diretamente da produção agrícola de Ceraíma, o que pode gerar reflexos econômicos e sociais em toda a região.
Feito por Portal Vilson Nunes