
O acidente vascular cerebral (AVC) continua entre as principais causas de morte no Brasil e representa uma das maiores emergências médicas do país. De janeiro a outubro deste ano, 64.471 brasileiros morreram em decorrência da doença — o equivalente a uma vida perdida a cada seis minutos. Em 2023, foram 85.457 mortes, segundo dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil.
Ao lado do infarto, o AVC integra o grupo das doenças cardiovasculares, responsáveis por cerca de 30% das mortes anuais no país, conforme o Ministério da Saúde.
O impacto financeiro também é expressivo: entre 2019 e setembro de 2024, o tratamento de pacientes com AVC custou R$ 910 milhões ao sistema hospitalar, segundo a consultoria Planisa. Nesse período, mais de 85 mil pessoas foram internadas, e uma em cada quatro precisou de leito de UTI.
Dia Mundial do AVC reforça prevenção
Neste 29 de outubro, Dia Mundial do AVC, especialistas reforçam que oito em cada dez casos poderiam ser evitados com mudanças de hábitos, como o controle da pressão arterial, a prática de exercícios físicos e o abandono do cigarro.
De acordo com o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de AVC (SBAVC), os principais fatores de risco são:
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hipertensão;
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diabetes;
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obesidade;
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tabagismo;
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sedentarismo;
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colesterol alto.
Tipos de AVC
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Isquêmico (85% dos casos): ocorre quando há entupimento de um vaso sanguíneo que leva sangue ao cérebro. Está ligado à pressão alta e a doenças cardíacas, como a fibrilação atrial, que pode formar coágulos e bloquear artérias cerebrais.
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Hemorrágico (15% dos casos): acontece quando há rompimento de um vaso, provocando sangramento no tecido cerebral. É menos comum, mas mais grave, com alto risco de sequelas e morte.
Jovens também estão em risco
Embora historicamente associada à velhice, a doença tem atingido cada vez mais adultos jovens. Dados da Sociedade Brasileira de AVC apontam que, na última década, a incidência do AVC isquêmico aumentou 66% entre brasileiros com menos de 45 anos.
Os especialistas alertam que a prevenção continua sendo a melhor forma de combater a doença — e que reconhecer os sinais precoces pode salvar vidas.
Feito por Portal Vilson Nunes

