
A força, a fé e a coragem de uma mulher nordestina marcaram a manhã desta terça-feira (14) em Palmas de Monte Alto (BA). A historiadora, empresária e líder comunitária Luciana Balbino, reconhecida pela revista Forbes como uma das “100 Mulheres Poderosas do Agro” no Brasil, concedeu uma entrevista especial ao Portal Vilson Nunes, durante sua participação no evento “O Agro é Delas”, promovido pela Prefeitura Municipal em parceria com o Sebrae e a COOTRAF.
Moradora da comunidade rural Chão de Jardim, no município de Areia (PB), Luciana compartilhou sua trajetória de superação e sucesso, mostrando que é possível transformar sonhos simples em grandes conquistas. “O agro sempre foi das mulheres. Cabe a nós nos organizarmos para continuar sendo”, afirmou, ao relembrar o início do seu trabalho com turismo comunitário e empreendedorismo rural.
A empreendedora é proprietária do Restaurante Rural Vó Maria, um espaço que se tornou referência em toda a Paraíba, com pratos feitos a partir de produtos cultivados na própria comunidade. Além do restaurante, ela coordena uma fábrica de polpas de frutas e um projeto de hospedagem rural, que juntos geram mais de 70 empregos diretos e beneficiam cerca de 200 famílias.
Durante a entrevista, Luciana contou que sua trajetória foi marcada por obstáculos e preconceitos, mas também por muita determinação. “Sou filha de analfabetos. Fui chamada de louca por acreditar que podia mudar a realidade da minha comunidade. Mesmo saindo de casa às cinco da manhã e voltando às duas da tarde sem ter o que comer, eu segui firme, porque sabia que o que eu aprendia precisava voltar para o meu povo”, revelou emocionada.
A paraibana também destacou o impacto transformador da educação. “Hoje, na minha comunidade, quase todo mundo faz faculdade. Já temos pessoas com mestrado e doutorado. Eu abri os caminhos e mostrei que é possível vencer mesmo vindo do campo”, contou, orgulhosa.
Sobre o reconhecimento da Forbes, Luciana afirmou ter recebido a notícia com surpresa. “De repente, meu celular começou a encher de mensagens. Eu nem sabia direito o que era a Forbes, mas percebi que era algo grande. Pensei: talvez eu só tenha meia hectare de terra, mas o tanto de gente que eu ajudo me faz merecer estar ali”, disse, sorrindo.
Ao encerrar a entrevista, a educadora deixou uma mensagem poderosa às mulheres que sonham em empreender:
“Quando a gente quer, a gente vai lá e faz. Faz com o que tem. Pode começar vendendo cocada, pirulito, pipoca… mas nunca pense que está bom. Quando está bom, é hora de melhorar. Não espere condições ideais, porque elas nunca vão existir. Comece agora.” [assista]
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Feito por Portal Vilson Nunes