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À espera de ferrovia: conclusão de Fiol vai modernizar infraestrutura e atrair novos investimentos

Com 1.527 km de extensão, a Fiol ligará o futuro porto de Ilhéus, no sul da Bahia, a Figueirópolis, no estado do Tocantins (Elói Corrêa/GOVBA)

A Bahia conseguiu nos últimos anos diversificar a sua economia, atrair importantes investimentos na área industrial, ganhar novos mercados no exterior e conquistar um lugar de destaque em setores estratégicos como energia renovável  e mineração. Mas uma coisa ainda atrapalha: o estado segue com deficiências em sua infraestrutura. A expectativa do setor produtivo, no entanto, é   que esta realidade comece  a mudar ainda este ano com a concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).

O Ministério de Infraestrutura prevê que o setor ferroviário do país terá investimentos  de R$ 30 bilhões ao longo dos próximos cinco ou seis anos. A boa notícia é que a Bahia é uma das  principais prioridades da pasta.  A meta do governo federal é leiloar  o trecho 1 da Fiol, que  vai de Ilhéus a Caetité, ainda em 2020. Serão 537 quilômetros concedidos a iniciativa privada. Deste total, 76,2% do trecho já foi construído pela Valec (a estatal de ferrovias). A previsão é que seja necessário mais R$ 1,14 bilhão para a conclusão das obras.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou em novembro o plano de outorga, estudos técnicos e documentos jurídicos relativos à concessão. Também foi definido que o valor de outorga mínimo  será de R$ 143 milhões.  O leilão será realizado pelo critério de maior outorga, ou seja, vence quem oferecer o maior valor em cima do lance mínimo.   A minuta do  edital de concessão, inclusive, já está sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU). Em seguida, será lançado o edital. A expectativa é de que o certame atraia consórcios de empresas, principalmente  da China. O prazo de concessão será 33 anos.

Quando estiver pronto, o trecho  entre Caetité a Ilhéus terá capacidade para transportar até 60 milhões de toneladas por ano. A principal mercadoria a ser escoada é o minério de ferro proveniente das minas da Bamin. A demanda prevista é de 18 milhões de toneladas por ano. Este volume de carga poderá ser complementada com cerca de 3 milhões de toneladas de grãos provenientes da região de Barreiras.

O trecho 2 da Fiol, entre Caetité  e Barreiras, tem 485,4 km de extensão, conta com investimento de R$ 2,7 bilhões e encontra-se com 39% das obras executadas. Seu traçado busca conectar a região produtora de grãos do oeste da Bahia ao porto de Ilhéus.

A conclusão da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) e a construção do Porto Sul são consideradas obras fundamentais para a expansão  da economia baiana e a interiorização dos investimentos. Juntos, os dois empreendimentos terão impacto não apenas em megaprojetos do setor mineral, como o da Bamin,  mas também sobre outros segmentos da economia, sobretudo o agronegócio.  Mais que isso: vai viabilizar – com a redução dos  custos de transportes – a atração de novos negócios e empresas, beneficiando   dezenas de municípios.

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