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Presidente da ABDI é exonerado por Bolsonaro após denunciar pedidos ‘não republicanos’

Foto: Divulgação

Em decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro exonerou Luiz Augusto Ferreira, conhecido como Guto Ferreira, da presidência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), órgão vinculado ao Ministério da Economia. Guto deixa o cargo quatro dias após afirmar, em entrevista exclusiva a VEJA, que recebeu “pedidos não republicanos” – não detalhados – de Carlos da Costa, secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia.

Fundada em 2004, a ADBI tem o objetivo de melhorar a competitividade da indústria nacional. Com mandato de quatro anos, Igor Nogueira Calvet assume a presidência da entidade. Costa, que negou ter cometido qualquer irregularidade, a princípio segue no cargo.

Guto Ferreira reagiu à demissão no Twitter durante a madrugada. Em sua conta pessoal, lamentou ter sido exonerado “sem apuração” e declarou que “os covardes cada vez mais tomam conta do governo”. Em outra postagem, ainda cobrou que Bolsonaro exonere também um “diretor que é réu em processo de corrupção ativa e passiva”.

Mais cedo, já ciente de uma possível exoneração, Guto Ferreira já havia se pronunciado no Twitter. “Engraçado vai ser o pessoal introduzindo o ’01’ Jair Bolsonaro a erro no meu caso sobre a ABDI. Hoje rola uma cabeça. Mas amanhã, quando ele descobrir, vão rolar mais. Não se engana, Capitão. Escrevam aí. O código moral das Forças Armadas podia ser padrão no governo”, escreveu.

Após tomar conhecimento da entrevista de Guto Ferreira a VEJA, Bolsonaro declarou, na segunda-feira que apuraria as denúncias e “alguém perderia a cabeça” – ou mesmo os dois poderiam ser demitidos.

Fonte: VEJA

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