
30 de agosto é o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados, data criada pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) para marcar a luta das famílias que enfrentam o sofrimento do desaparecimento de entes queridos, muitas vezes em situações de violações de direitos humanos perpetrados por agentes do Estado. Para destacar a data, o radialista Marcos Paulo, do ‘Jornal da Manhã’, da Rádio Visão FM, conversou sobre o referido assunto com a Procuradora Regional da República e presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), Eugênia Augusta Gonzaga.
Inicialmente, a presidente da Comissão Especial, explicou como surgiu a comemoração internacional das vítimas de desaparecidos políticos, e enalteceu a coincidência da data com o procedimento de exumação, que está ocorrendo em Palmas de Monte Alto, para tentar encontrar os restos mortais de João Leonardo, enterrado com nome falso no cemitério público do referido município. Ainda durante a entrevista, Eugênia destacou que cabe a Comissão Especial “proceder reconhecimento de pessoas que, por terem participado ou terem sido acusadas de participação em atividades políticas, faleceram, por causas não naturais, em dependências policiais ou assemelhadas”, além de auxiliar na localização de corpos e reconhecimento de outras pessoas desaparecidas.
Confira a entrevista:
https://soundcloud.com/vilson-nunes/entrevista-dra-eugenia-gonzaga-sobre-dia-internacional-das-vitimas-de-desaparecimentos-forcados
A CEMDP foi criada por meio da Lei 9.140, de 1995. Sua primeira tarefa foi reconhecer como mortas dezenas de pessoas que, em razão de participação ou acusação de participação em atividades políticas durante a ditadura civil-militar, encontravam-se desaparecidas.