Um depoimento que chegou à CPMI do INSS apontou que o empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, teria recebido pagamentos milionários de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. A afirmação foi feita por Edson Claro, ex-empregado de Antunes, que relatou à Polícia Federal que o empresário teria repassado R$ 25 milhões e uma “mesada” de cerca de R$ 300 mil ao filho do presidente Lula. O depoimento não detalha a moeda utilizada nos pagamentos.
As informações, reveladas pelo Poder360 e confirmadas por integrantes da comissão, também mencionam viagens realizadas por Lulinha com o investigado. O tema deve ser discutido pelos parlamentares nas próximas reuniões da CPI.
Em meio às novas revelações, a CPI mista do INSS rejeitou, nesta quinta-feira (4), os pedidos de convocação de Fábio Luís e do advogado-geral da União, Jorge Messias. A convocação de Lulinha foi derrubada por 19 votos a 12. Já a de Messias foi rejeitada por 19 votos a 11.
Parlamentares da oposição argumentaram que o depoimento reforçava a necessidade de ouvir o empresário. Já a base governista afirmou que não há “provas documentais” que justifiquem a convocação. A senadora Eliziane Gama destacou que não existe qualquer indício que conecte Lulinha ao esquema de descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões.
A oposição também buscava ouvir Messias sob o argumento de que a AGU teria tido conhecimento prévio das irregularidades no INSS. A maioria dos membros da comissão, porém, considerou o pedido improcedente.
Apesar de barrar os requerimentos, o colegiado aprovou a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, para prestar esclarecimentos sobre a Zema Financeira, que oferece crédito consignado a aposentados e pensionistas.
Feito por Amanda Santos/Portal Vilson Nunes
