Um achado inusitado pode ampliar o patrimônio arqueológico de Caetité, no sudoeste da Bahia. Durante uma trilha com familiares, o jovem Leozinho identificou pinturas rupestres em uma pedreira desativada do município. Os registros inéditos ocupam mais de 10 metros de rochas e surpreendem pela preservação e variedade de formas.
Entre as figuras, em tons avermelhados, há desenhos que lembram animais — um deles semelhante a um porco e outro com múltiplas pernas — além de símbolos que remetem a outros sítios arqueológicos já catalogados no Brasil. Parte das imagens, no entanto, apresenta danos causados pela antiga extração de pedras.
“Notei as cores diferentes nas rochas, me aproximei e encontrei os primeiros traços. Continuei explorando e percebi que havia vários desenhos. Comuniquei o achado a órgãos da cidade e aguardo retorno. O essencial agora é preservar a área e buscar apoio técnico do IPHAN ou CNBio”, relatou Leozinho.
Por medida de segurança, o local exato não foi divulgado. Ainda não há definição sobre a idade das representações, mas especialistas acreditam que possam ultrapassar 3 mil anos, a exemplo das pinturas do Morro do Jacaré, também em Caetité. No Brasil, o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, é considerado a principal referência em registros desse tipo.
Feito por Portal Vilson Nunes
