O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta quarta-feira (18) que o país não aceitará uma rendição e alertou que uma eventual intervenção militar dos Estados Unidos resultará em “danos irreparáveis”. A declaração foi feita em vídeo, sendo a primeira aparição pública do líder desde o início dos bombardeios na última sexta-feira (13).
Khamenei negou a existência de qualquer tentativa de rendição por parte do Irã, em resposta a alegações do presidente norte-americano, Donald Trump. Na véspera, Trump afirmou que o Irã teria entrado em contato com a Casa Branca para negociar uma rendição, e chegou a ameaçar a vida do aiatolá, dizendo que “sabemos onde ele está escondido”.
Apesar das declarações agressivas, o posicionamento oficial dos Estados Unidos em relação à guerra tem sido ambíguo. O país, aliado histórico de Israel, é o único com armamento capaz de atingir estruturas nucleares subterrâneas como a usina de Fordo, onde, segundo o governo israelense, o Irã armazena material com potencial para produção de armas nucleares. No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que não há evidências de que o Irã possua urânio enriquecido com essa finalidade.
A Rússia também entrou na disputa diplomática, advertindo os Estados Unidos contra qualquer envolvimento direto no conflito. Segundo a agência Interfax, o Ministério de Relações Exteriores russo enviou o recado: “Nem pensem nisso”.
Enquanto líderes mundiais trocam ameaças, os bombardeios seguem intensos. O governo iraniano informou que, até o momento, 550 pessoas morreram em ataques israelenses.
Em Israel, as autoridades autorizaram a população a deixar os bunkers e retornar às residências, após a segunda noite consecutiva sem mortes provocadas por bombardeios iranianos. Israelenses que estavam fora do país também começaram a retornar.
Feito por Portal Vilson Nunes com informações da Agência Reuters
