
Foto: JulianaAndrade/AgênciaALBA
O deputado Vitor Bonfim (PV) repudiou o crime de racismo sofrido pelo jogador brasileiro Vinícius José Paixão de Oliveira Júnior, ocorrido no último domingo (21), na Espanha, em moção protocolada na Assembleia Legislativa da Bahia.
O fato ocorreu na cidade de Valência, durante uma partida de futebol entre o time local e o Real Madrid, na qual o brasileiro Vinícius José Paixão de Oliveira Júnior, conhecido como Vinícius Jr., jogador do Real Madrid, sofreu discriminação por parte de um grupo de torcedores espanhóis. Segundo o parlamentar, esta foi a décima ofensa sofrida pelo jogador, “e, ao adentrarmos na dezena de ofensas sofridas por ele, verificamos que estamos muito longe ainda de alcançarmos a igualdade racial”, lamentou.
No documento, Bonfim considerou a manifestação de repúdio do mundo esportivo e político aos atos de “preconceito descabido”, e a manifestação e denúncia da Organização das Nações Unidas (ONU), contra os ataques racistas sofridos pelo jogador de futebol.
“Ao considerar que não é possível que tudo continue a derivar pela normalidade, como se nada estivesse acontecendo, temos que ecoar nossas vozes cada vez mais alto, contra a discriminação racial e nos mobilizarmos enquanto nação em prol dessa luta”, conclamou.
Também citou outros casos ocorridos na Bahia, a exemplo dos que aconteceram no último Carnaval de Salvador, “onde nove casos de racismo foram denunciados à Secretária de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi)), mesmo a referida cidade sendo considerada a mais negra do mundo, fora da África”, frisou.
Vitor questionou o porquê do ódio ao sucesso de Vinícius Jr., jovem negro de 22 anos, nascido da periferia de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, reconhecido como um dos melhores jogadores do mundo. “O último dia 21 de maio demonstrou o quão estamos distantes de uma sociedade igualitária e como se faz necessário evoluirmos, cada vez mais, na luta antirracista”, afirmou.
Segundo o deputado, o jogador agredido representa, hoje, a materialização da luta antirracista, “por conta da sua resistência, bravura e enfrentamento aos reiterados crimes de racismo que vem sofrendo, mesmo diante da inércia de alguns de seus colegas, instituições públicas e entidades esportivas”, considerou.
Fonte: Ascom